É importante se manter competitivo no mercado, para isso, é necessário continuar apresentando altos índices de produtividade; e no mercado pecuarista não poderia ser diferente, por isso o cruzamento entre diferentes raças de gado são utilizados para se obter uma maior produtividade na habilidade de produzir-se leite (ou outra característica de interesse).

Essa prática tem se apresentado como uma das maneiras mais eficientes no que diz respeito ao aumento rápido da produção pecuária, pois utiliza-se de fenômenos como a heterose e a complementaridade de raças.

 

O que é heterose?

 

Heterose ou vigor híbrido é um fenômeno explicado pela genética. É a função melhorada (ou aumentada) de qualquer característica biológica em uma linhagem híbrida. Ou seja, uma prole é aprimorada como resultado do cruzamento genético de seus pais, de raças puras. Dessa forma, a maior parte das qualidades reprodutivas e as ligadas à adaptação ao meio ambiente são favorecidas quando animais híbridos são utilizados e comparados com os demais de raças puras.

Quando falamos em bovinocultura de leite, as qualidades reprodutivas são as mais favorecidas, por isso, dá-se bastante atenção à produção de fêmeas cruzadas, que em linhas gerais, são mais férteis, prolíficas, apresentam melhores habilidades maternas, além de serem mais precoces, ou seja, melhores produtoras de bezerros de que as fêmeas puras. Observações de campo comprovam que os resultados de produtividade para fêmeas cruzadas são excelentes.

 

Quais raças são melhores para cruzamento?

 

Em linhas gerais, não há uma fórmula única e que seria essa a melhor dupla de raças para cruzamento, porque as possibilidades são muitas; logo, deve-se considerar o clima, precocidade tanto sexual quanto de crescimento, capacidade leiteira, fertilidade, adaptabilidade, por exemplo. O melhor cruzamento, então, consiste na escolha acertada das melhores características de cada raça de acordo com a necessidade do produtor e do ambiente.