As clostridioses estão entre as doenças que mais acometem o rebanho leiteiro, podendo chegar a matar grande parte desse gado, porém muitos produtores ainda não sabem do que se trata esse conjunto de doenças. No post de hoje vamos contar um pouco mais sobre os riscos das clostridioses. Confira:

O que é?

Usamos o termo genérico “clostridioses” para denominar doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium. Podemos dividir as doenças causadas por essas bactérias em quatro grandes grupos, sendo eles: clostridioses neurotrópicas, mionecrosantes, entéricas/enterotoxêmicas e hepatonecróticas. Vamos falar um pouco mais na frente sobre cada um desses grupos.

Normalmente, podemos encontrar estes microorganismos no intestino dos animais e no meio ambiente, podendo os mesmos causarem doenças nos animais, levando à quedas na produção de leite e em casos extremos, até à morte do gado.

 

Quais as doenças relacionadas às bactérias Clostridium?

 

Grupo 1

Clostridioses neurotrópicas

Botulismo

Tétano

 

Grupo 2

Clostridioses mionecrosantes

Carbúnculo Sintomático

Gangrena gasosa ou edema maligno

 

Grupo 3

Clostridioses entéricas/enterotoxêmicas

Enterite hemorrágica aguda

Enterotoxemia

 

Grupo 4

Clostridioses hepatonecróticas

Hemoglobinúria bacilar

Hepatite necrótica

 

Quais os riscos dessas doenças?

Essas bactérias produzem toxinas que, consequentemente, causam lesões nos órgãos e tecidos dos animais. Na maioria dos casos, a bactéria coloniza algum tecido animal e produz suas toxinas, tendo como exceção o botulismo, onde o animal ingere a toxina pré-formada ao ingerir alimento e/ou água contaminados.

O principal risco está no modo como algumas dessas doenças se manifestam. Mesmo podendo acometer animais de forma isolada, normalmente se manifestam em forma de surtos ou epidemias, atingindo um grande número de animais, além da alta taxa de mortalidade.

Como prevenir?

Os surtos de clostridioses estão relacionados, via de regra, a manejo inadequado, mas não é difícil fazer a prevenção, para isso, basta garantir que o rebanho fique longe de fontes de água e alimentos impróprios para o consumo ou até mesmo contaminados, assegurar a vacinação correta de todo o rebanho, não utilizar agulhas contaminadas, evitar a suplementação mineral inadequada, dentre outros.