Utilizado tanto na alimentação diária quanto como suplementação na entressafra, o fornecimento de silagem para os animais é uma excelente estratégia para o pecuarista. Com alto valor nutritivo, a silagem de milho é um dos melhores alimentos para o gado de alto desempenho, como o leiteiro, e, além de ser uma poderosa fonte energética, ainda pode ser armazenado por longos períodos sem perder a qualidade, o que configura um excelente custo-benefício.

Para fazer a silagem, é importante que o produtor aguarde de cem a cento e trinta dias após o plantio para que o ponto de maturação esteja correto, o que permite a produção do alimento duas vezes ao ano, e existem ainda opções que devem ser avaliadas quanto os seus benefícios, como a produção de silagem de milho comum e grão úmido.

A silagem de milho comum consiste na planta inteira de milho picada, incluindo folhas, colmo e sabugo, além dos grãos. Segundo especialistas, o tamanho ideal das partículas deve estar entre 0,5 cm e 2,0 cm, já que, desta maneira, a compactação do material e o aproveitamento pelos animais são facilitados.

Outro ponto que deve ser levado em consideração é a porcentagem de matéria seca (entre 30% e 32%), observada pela “linha do leite”, a linha imaginária que separa a parte farinácea e a leitosa do milho. O silo pode ser construído de diversos tipos, como trincheira, bags ou superfície, mas, de qualquer modo, deve ser coberto por lona plástica de modo a evitar ao máximo a entrada de oxigênio.

Já a silagem de grão úmido diz respeito ao uso do grão de milho colhido com alto teor de umidade e moído de acordo com a finalidade e a espécie animal, sendo que para os bovinos não há a necessidade de uma moagem tão fina. Uma vez que este tipo de silagem preza o melhor aproveitamento do amido, o ponto ideal para a colheita é quando a quantidade de matéria seca estiver entre 62% e 70% (ensilagem), com um teor de umidade de 32% a 42%.